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O Elo Biológico entre Mãe e Filhos – Microquimerismo

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Você sabia que durante a gestação algumas células do bebê podem migrar para o corpo da mãe e permanecer nele por toda a vida?

Esse fenômeno, chamado microquimerismo fetal, me encantou assim que descobri. E, como tudo o que desperta minha alma, mergulhei em reflexões que agora compartilho com você.

 

O que é microquimerismo?

Talvez você já tenha ouvido falar de “Quimera”, figura da mitologia grega que representava um ser híbrido, composto por partes de diferentes animais: a cabeça de um leão, o corpo de uma cabra e a cauda de uma serpente.


E o que isso tem a ver com o ser humano?


Na biologia, o termo quimera é usado para designar uma condição em que um organismo possui dois conjuntos de células com diferentes genomas.


O microquimerismo fetal é um desses casos.


Ele acontece quando, durante a gravidez, células do bebê atravessam a placenta e passam a viver no corpo da mãe. Essas células podem se alojar em diferentes tecidos, como pulmões, fígado, coração e até mesmo no cérebro. E o mais impressionante é que podem permanecer ativas por décadas, até o fim da vida da mulher. Isso ocorre mesmo em casos de gestação interrompida


É a ciência revelando o que tantas mães já intuíam: um elo invisível real e profundo.


O microquimerismo foi documentado em diversas pesquisas, especialmente nos últimos 20 anos. Um estudo publicado na revista PNAS identificou, por exemplo, células masculinas no cérebro de mulheres que haviam gestado filhos homens, mesmo décadas após o parto.

Outras pesquisas sugerem que essas células influenciam o sistema imunológico da mãe, atuando na regeneração de tecidos e até na modulação de alguns processos inflamatórios.

 

Mais do que biologia: uma memória celular do amor.

Se carregamos dentro de nós células de outro ser, podemos dizer que o vínculo entre mãe e filho vai além do vínculo emocional ou espiritual, é também físico, celular e energético.

Quando olhamos por essa perspectiva, compreendemos por que certas dores ou intuições surgem sem explicação lógica, especialmente quando envolvem nossos filhos.

Talvez seja o corpo sussurrando algo que a mente ainda não entendeu.


E, ao ampliar esse olhar, percebemos que o microquimerismo não é exclusividade das mães: irmãos podem compartilhar células entre si.


É uma trama biológica e espiritual entrelaçando gerações.


Constelação Familiar e o Campo Morfogenético

Em uma visão sistêmica da Constelação Familiar, tudo isso faz ainda mais sentido. O campo que acessamos inclui todos que fazem ou fizeram parte da história de cada um.

Acho incrível que essa inclusão se inicie na própria biologia, ou seja, está registrada também em nosso corpo.


A vida é pura magia!

 

Ainda estou refletindo muito sobre esse conhecimento.... pensa comigo:

Se somos constituídos pela união do DNA materno e paterno, então as células que integram nosso organismo carregam a presença energética de ambos. Ao recebermos em nosso corpo células de um filho, também acolhemos o pai dessa criança.

A biologia confirma aquilo que a abordagem sistêmica já reconhecia: ninguém pode ser excluído sem gerar desequilíbrio.


Esse é um ponto que abordo profundamente no curso Criança Interior.

Explorando a fase intrauterina e os vínculos que moldam nossa identidade emocional e ao trabalhar a harmonização com os pais e a criança interior deles.

Processo essencial para liberar padrões repetitivos e desenvolver virtudes como aceitação, confiança e pertencimento.


 


Ciência e Espiritualidade

Claro que este fenômeno sempre existiu. Mas, com o avanço da tecnologia e da capacidade de pesquisa, hoje acessamos conhecimentos que antes eram apenas intuídos por mães, xamãs e terapeutas.

Não sei você, mas esse conhecimento expandiu minha compreensão sobre esse elo tão forte entre mães e filhos.

Nossa biologia, a natureza em si, se organiza de forma a proporcionar as melhores condições para que cada espécie evolua em seus diferentes níveis.

Nós, humanos, precisamos de muito mais que nutrição física.

É a nutrição emocional e a conexão com o outro, que começa no olhar da nossa mãe, que cria o ambiente ideal para despertar nossas virtudes.

Vejo nesse fenômeno a plena integração do físico com o não físico, entre a biologia e o espiritual, entre a natureza manifesta e a consciência geradora.

 

Me pergunto...

E se aquele medo, dor ou sensação de vazio vier de uma parte de nós que não é apenas nossa?

E se, ao curarmos essas camadas, estivermos curando também nossos filhos ou nossas mães?

É o corpo como portal e não como uma limitação.

Um lugar onde o amor deixa rastros.

Onde memórias cruzam gerações.

 

A natureza é mesmo perfeita!

 

“Imagine o quanto é belo

Aquele que criou toda a beleza.”

Ciência Milenar Indiana

 


Com amor,

Susy Brito

Psicoterapeuta Junguiana e Sistêmica


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